Quando o mundo ainda estava no começo dos seus começos, a Serpente Arco-Íris viajava de um extremo ao outro das terras australianas, deixando vales, córregos e rios, como marcas das suas andanças. Nenhuma mulher, homem, animal ou planta, haviam sido criados, porque ainda era o Tempo dos Sonhos.

Ela, então, começou a criação. Primeiro fez os sapos que brotaram das terras como se fossem sementes, com as barrigas cheias d’água.  A Serpente Arco-íris fez cócegas em suas barrigas e as águas inundaram as lagoas, os rios, cachoeiras e riachos. Depois disso, todas as formas de vida apareceram. As libélulas, as equidnas, os gafanhotos, os cangurus, os dingos, os coalas, os ornitorrincos, e as planta cresceram em direção ao céu e cada vez mais para dentro da terra.

Andando por todo o território os animais seguiam a Serpente-Arco íris, compreendendo as leis para as quais foram criados. Dentre eles, os que obedeciam às leis eram transformados em humanos. Cada tribo recebeu um totem para que jamais esquecesse de qual animal descendia, com a proibição de jamais comê-lo. Assim a comida jamais faltaria na Terra, a casa de todos que haviam sido criados.

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